segunda-feira, 14 de julho de 2008

FILHOS DO TROVÃO

- Samuel Souza de Paula -

Escutem o acordar das palavras ancestrais, a força que renasce nas profundezas, vales e montanhas do espírito.
Que enaltece seus sonhos, relembra suas certezas e abraça o invisível.
Quando o céu era inocente e para os pés não existia chão.
Quando as danças eram silenciosas e para os olhos de água espaços na escuridão.
Quando aquilo que não têm palavras a tudo envolvia e se misturava nos segredos da mãe-realização, foi que nasceu o primeiro filho do trovão.
Em si mesmos as maravilhas dos pensamentos no espírito do ar em elevação.
A fluidez das águas nos sentimentos em todos os momentos do seguir, do movimento, do ciclo de reconciliação.
A firmeza nas ações pelas terras espelhadas da natureza imortal e o fogo do espírito no entusiasmo de ser semente do Infinito.
Sim, uma consciência que parece ter asas, que ouve a canção da eternidade e estrondos em seu próprio coração.
A nova vida o chama para ser raios de luz ao tocar o solo sagrado de Gaia e fazer-se realidade em todas as suas ações.
Filhos do céu, essência do Grande Mistério, energia de amor, vontade e espírito realizador.
Seus vôos animam o vento da sabedoria como aqueles que escutam as vozes do invisível e sabem dizer "sim" e "não".
Sua voz é a verdade.Sua canção é a vida.
Sua visão é fogo que transmuta toda a dúvida e acende a chama interior, queima a inércia e acorda a coragem de ser diferente e melhor.
Seu olhar é discernimento.
Suas ações, profecias.
Filhos do Trovão, que possamos honrar a essência divina em nós.
Aprender o que costumamos ouvir.
Sentir o que queremos ver.
Viver o que costumamos falar.
Hoo!

Nenhum comentário: