terça-feira, 22 de julho de 2008

REFLEXÃO ESPIRITUALISTA



“A vida de cada dia ensina mais do que o melhor dos livros.” – Göethe.


Quando eu era adolescente, lembro-me que sempre repetia, quando alguma coisa não saía do jeito que eu queria, a seguinte reflexão:

“Se eu tivesse tido as mesmas formas de aprendizado, com os mesmos pais e as mesmas necessidades, naqueles mesmos tempos em que aquele outrem teve, eu seria igual a ele”.

Essa reflexão despertava em mim o respeito pela outra pessoa. Eu já não apenas o enxergava sob o meu ponto de vista, como um juiz carrasco. Começava a compreender algumas coisas importantes na vida.

O que acontecia, com este novo pensamento, é que as soluções para tudo aquilo que eu chamava de “grande problema”, tornava-se mais acessível, obtinha uma certa claridade e me sentia mais harmonioso.

Eu conseguia ouvir nas entrelinhas da minha vida e passei a sentir mais compaixão pela oportunidade de viver, de existir, de estar consciente e de co-habitar este Planeta com outros seres.

Comecei a valorizar: “Como é bom que as pessoas sejam diferentes!”

As diferenças, os desafios, as novidades, são, afinal, as oportunidades de crescimento, de desenvolvimento, de evolução. E ninguém evolui sozinho, precisamos do outro para ser alguém. Assim, cada dia despontava como uma oportunidade, cada dia tornara-se novo!

E comecei a entender que nem todos precisam gostar das mesmas coisas que gosto.

Que nem todos precisam gostar das mesmas canções que canto e escuto.

Que nem todos precisam gostar das mesmas pessoas que admiro.

E que mesmo assim posso ser feliz, simplesmente, por gostar de tudo o que gosto.

Feliz por ouvir a voz interior e por ter muito a aprender. E que mesmo com diferenças somos muito semelhantes.


Obs.: É, nossas percepções sobre o mundo crescem a cada dia. Estamos mudando. O fato real, a certeza disto, é que não somos iguais ao que éramos ontem. Mesmo se observarmos uma foto de dois anos atrás, verá que está diferente, fisicamente você parece outra pessoa. Imagine no campo das idéias, quantas informações foram somadas desde que tirou aquela foto.
Poderemos chamar a amplitude de pensamento, o constante estilo ampliado de percepção, o respeito e o reconhecimento interior que existe em cada pessoa, de valorização da “universalidade espiritual”.
Pois, existe uma força motriz que embrenha pelos recônditos de todos os seres. Pode ser chamada de vida, de alma, de espírito, de consciência, enfim, essa energia o faz presente, o faz movimentar-se, o faz entender que está vivo, que você não é uma pedra, nem um cachorro, nem um poste; esta é a mesma força que o faz reconhecer que neste instante você está mudando e cresce o seu discernimento, o seu amor, as suas asas de percepção.
Não existe um molde para todo mundo.
A massa do bolo pode até ser a mesma, mas a fôrma de cada um é diferente: algumas são quadradas, outras redondas, algumas com um furo no meio, uma de alumínio, outras de ferro, outras de vidro. O importante é o resultado dos ingredientes únicos que forma o Todo.
Muita Paz, Luz e Amor!

- Samuel S. Silva -

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