terça-feira, 15 de julho de 2008

UM FIO DOURADO

- Samuel S. Silva -

Uma linha dourada cruza os dois céus esperançosos que vê...
O quê? Os deuses, o ser.

Os olhos comovem-se ante à efulgência do pulsar...
- Na magia do espelho: o ato de elevar,
- No sincero veiculo físico: a opção de recolher,
- Na sutileza do sentir: a canção do expressar.
Onde o Universo escuta o Si Mesmo?
Em que lugar o Mistério não é vivo em alguém?

Quatro passos foram dados em um só movimento: no respirar.
Dois seres esqueceram-se do "Si" e de lembrar.
Mas, quem despertará?

Os sentidos são guias ou servos dos sentimentos?
Onde vibrará a busca eterna do ser?
Que silêncio poderá calar as baladas invisíveis dos Budas?

Um mesmo casulo abriga a luz e o escuro.
Os ventos são formas desenhadas na miragem de um deserto nulo.
O que poderá gerar as nascentes dos mundos?
Alguém já respirou como o Primeiro Amor?...

Quem poderá esconder os tesouros das almas e seus sonhos?
Me diz, por onde correrá a água dos rios sem as montanhas, as terras e os desvãos profundos?

O nada encontrou-se com o Todo e sorriram, sorriram.
Os sábios escutaram os tolos e nenhuns dos esboços mentiram.
Onde a verdade não é verdadeira?
Me diz, onde as palavras não são corredeiras?

O que disse já foi existência.
O que fala vestiu-se de tempo passageiro.
Por onde andará o amor doado?
Onde estará a pulsão de vida no eterno Buda mudado?
Qual consciência poderá sentir o espírito do sol?
Quem poderá perceber no coração o fio dourado?

Obs.: Escute seus próprios sons e deixe-se mais presente no ato.
O que inspira são as vidas cientes presentes em seu brilho alado.
Sim, ria mais de você, tente sentir a conexão e o brilhante fio dourado...
Paz, Amor e Luz!

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