quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Entrevista


A ENERGIA DO DINHEIRO NO SÉCULO XXI
com
GLÓRIA MARIA GARCIA PEREIRA


Glória Pereira é socióloga, economista, especialista em andragogia (educação de adultos) e marketing. Desenvolveu um método próprio que associa economia com neurociência. É diretora da Sinergia Consultores, consultora de riqueza, autora de vários livros, entre os quais o bestseller “A energia do dinheiro” e o jogo Negócio Sustentável®.

Nesta entrevista, Glória fala sobre a linguagem universal do dinheiro, compartilha sua paixão com o “sentimento de riqueza” e as novidades de sua recente viagem a Paris e Dubai. Responde a famosa pergunta “Dinheiro traz felicidade?” e o como lidar com a energia do dinheiro, de forma sustentável, no século XXI.

SAMUEL SOUZA DE PAULA


Todas as pessoas querem de alguma forma, ser felizes. Com esta idéia em mente, e como Consultora de Riqueza, existiria uma inter-relação entre economia e felicidade? Dinheiro traz felicidade?
A palavra economia vem de OIKOS, que quer dizer “casa”. Então, economia é a arte de bem administrar a casa!
Casa é o lugar de afeto, aconchego, proteção, nutrição, bem-estar...
Portanto, todos estes atributos numa sociedade moderna, complexa e capitalista ligam intimamente felicidade a bem-estar, saúde, afeto, aconchego. As estatísticas mostram que o número de separações matrimoniais aumenta em épocas de crises econômicas.
Quando uma pessoa está bem financeiramente é comum querer que seus entes queridos também estejam bem. E muitas pessoas adoecem e morrem de tristeza, de angústia, de enfarte por não conseguirem proporcionar uma vida digna aos seus familiares.
Dinheiro é apenas uma energia de troca... E felicidade tem a ver com afeto e amor, que também são energias de troca... Por isso estão tão relacionados.

Quando e como começou seu interesse pelo estudo e práticas com a energia do dinheiro?
No final do século 20, por volta de 1996, como socióloga e economista comecei a estudar o “sentimento de riqueza” em culturas de vários países como Estados Unidos, Canadá, Índia, Nepal, Alemanha, Suécia, Brasil, e outros...
Embora interessada na mudança de mundo, no aspecto da riqueza, deparei-me com o oposto, o forte “sentimento de pobreza” de algumas culturas, incluindo a brasileira. Ou seja, tanto “riqueza” no sentido amplo, quanto “pobreza” são ensinados, e passam de uma geração a outra... Ao compreender este processo cultural e econômico com todas as implicações nos relacionamentos familiares, afetivos, profissionais, naturalmente, comecei a despertar o interesse de pessoas, profissionais, empresas e grupos diversos a se atualizarem com estes aprendizados. Daí em diante não parei mais.
Ainda estou digerindo as experiências, contatos e os aprendizados da viagem a Paris e Emirados Árabes, que acabei de chegar...
Eu fiz uma viagem fantástica e maravilhosa, primeiro fomos a Paris e depois pras Arábias, onde vivem os xeiques do petróleo. Ficamos hospedados primeiro num Palácio - The Palace Old Town, bem em frente ao maior edifício do Planeta Terra, o El Burj e depois em pleno Golfo Pérsico, na ilha de Palm, construída no mar.
Estive estudando durante todo o ano e depois fiz esta pesquisa “in loco” sobre o que a riqueza e a cultura / sabedoria do século 21 estão realizando em termos de sustentabilidade no Planeta Terra.
Vou organizar uma Apresentação de Fotos: conceitos, com meus comentários sobre a nova Paris sustentável do século 21 que terá sua obra iniciada já em 2010 “Le Grand Paris” e a primeira cidade sustentável do Planeta Terra - Masdar - que em árabe significa “fonte”.
Convidarei os amigos para trocarmos idéias, palpites, impressões, críticas.... Eu trouxe muito material de estudo tanto de Paris quanto de Masdar. Quanto a Dubai... Impressionante! Dá muita conversa!
Ou seja, temos três modelos distintos:
· uma cidade de pedra para ser desmontada e reconstruída de forma sustentável: Paris;
· uma cidade pronta no deserto e no golfo, construída com modelo não sustentável: Dubai;
· uma cidade a ser construída nas areias do deserto a partir de novo modelo de sustentabilidade: Masdar.
Reflexões sobre o espaço de vida, de moradia, de inclusão social, dos relacionamentos humanos, das relações homem-mulher, de saúde e harmonia com o meio ambiente, energias limpas e riqueza cultural.

Uma das máximas, talvez uma das mais verdadeiras, de qualidade de vida, seja o “Fazer aquilo que gosta e gostar daquilo que faz”. Na rapidez com que as coisas mudam, e nas muitas exigências cotidianas, como expressar nossos talentos e realizar-nos pessoal e profissionalmente?
Viver é uma Arte! Estamos na Terra para descobrirmos nossos Talentos, que são graças que recebemos. E para quê? Para expressarmos no mundo.
Gostar do que faz é conhecer-se a si mesmo, reconhecer os próprios Talentos, aprender a vendê-los na comunidade e viver de forma sustentável para si mesmo, para os familiares, para a comunidade e para o Planeta.
À medida que vamos amadurecendo temos a oportunidade de descobrir talentos novos, por isso o desenvolvimento do ser humano e de toda a humanidade. Aprender a conviver com a diversidade, pessoas de talentos diversos, culturas diversas, acelera o aprimoramento. A profissão deve acompanhar cada etapa da vida. Ninguém é feito para executar uma coisa só na vida... O mundo muda e as oportunidades surgem... É importante estar atento, preparar-se o tempo todo...

Quais são os cinco verbos ativos da linguagem universal do dinheiro? E como estes se relacionam com o desenvolvimento do ser humano?
Os cinco verbos da linguagem do dinheiro podem ser identificados com os dedos da mão, começando pelo mindinho. Todos os verbos expressam ação, movimento, então, eu os chamo de verbos ativos.
· Primeiro verbo: “fazer dinheiro” que vem do “to make money”. É completamente diferente de “ganhar” dinheiro, que é passivo. É o mais importante, porque todos os outros 4 dependem dele. É o verbo da multiplicação.
· Segundo verbo: negociar, basicamente comprar e vender.
· Terceiro verbo: lucrar, que é “fazer filhotes”.
· Quarto verbo: aplicar para os sonhos tem a ver com o futuro, as metas e os objetivos pessoais e espirituais.
· Quinto verbo: investir, para aprender a lidar com os riscos, sem perder o patrimônio. Expresso através do polegar, que tem um movimento e um sentido diferente dos outros quatro dedos, e não é a toa, aí está a diferença.
O processo de desenvolvimento do ser humano passa de estar totalmente dependente como qualquer criança até tornar-se independente financeiramente. Como o dinheiro é uma energia de troca, o desenvolvimento pessoal passa pelo desenvolvimento financeiro, qualquer que seja a classe socioeconômica.

Em sua opinião por que os brasileiros ainda não conseguem lidar muito bem com as suas finanças?
Todos os países colonizados tiveram que desenvolver a cultura da pobreza. Hoje, somos livres, vivemos em democracia com uma pujante economia, mas uma pequena parcela da população se dedica a estudar e aprender finanças pessoais. É um conhecimento que pode se iniciar a partir dos seis anos de idade e terminar somente com a perda da razão ou com a morte. Ou seja, um processo para a vida inteira! Esta tem sido a minha profissão nos últimos treze anos, aprender e ensinar finanças pessoais no contexto da Arte de Viver e se aperfeiçoar.

Qual sua forma de pensar sobre a riqueza material e espiritual?
A riqueza material e espiritual são a mesma. Dinheiro é uma energia de troca. Enquanto estamos encarnados, vivemos em sociedade, precisamos satisfazer as necessidades básicas, de alimentação, conforto, saúde, educação, lazer, desenvolvimento pessoal. O espiritual é o que anima, o que dá sentido a esta trajetória da vida na Terra. Dinheiro só serve para vivos. Mas através das finanças pessoais as pessoas podem se tornar independentes e se disponibilizar a desenvolver os outros semelhantes.
O sucesso de qualquer projeto espiritual sustentável exige saber lidar com recursos financeiros.

Como lidar com a energia do dinheiro no século XXI? Quais seriam as dicas para a pessoa alcançar sua independência financeira, de forma sustentável?
O primeiro passo é se autoavaliar. Verificar qual o próprio estágio. Ou seja, fazer um teste da linguagem financeira. Aí, sem stress montar um programa de aprendizado. O sequência dos verbos já orienta para metas e investimentos. Todo mundo pode aprender, é uma questão de interesse. Contar com um consultor de riqueza pode facilitar o processo e torná-lo mais divertido.


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