VÔO DA VOZ
Quando a voz se esvai e o corpo pede reforço. Socorro!
Quando o nariz dorme e os olhos querem recolher o espírito da caverna.
O urso no vôo, no vôo que a alma faz – sem tanto faz.
O retorno de um jeito que a ternura busca a paz.
É aqui, é aqui, sim! Move mais um músculo e os ventos passam.
Mensagens flutuam no ar, o coração debaixo das cobertas.
E a vontade de estar em todo lugar, feito quem, feito ar.
Ah poesia, me ensina a cuidar das fagulhas que brilha.
Se meus pés caminhassem pelas folhas ao vento – seriam?
Se as escadas virassem poeiras luminosas – o que faria?
Vê, outro giro mais intenso que o anterior
Como pode um ser sem asas voar nas mesas paradas?
Sente, outro corpo renasce no mesmo ser
Como pode uma ferramenta que conserta quebrar você?
Escute as pausas, um pouco, por favor
Não deite no vento coisas vãs
No deleite dos devaneios, tente sentir
O seu único tempo verdadeiro e primeiro.
Mitakuye Oyasin!
“Por todas as nossas relações!”
Série: 365 Inspirações Xamânicas para o nosso Cotidiano
Autor: Samuel Souza de Paula
Crédito da Imagem: Peyote Kiowa – Stephone Mopope
Site: www.espiritualidadenatural.blogspot.com
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