quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Versos Passados – Presentes Luminosos

Versos Passados – Presentes Luminosos

Apaixonando-se pela Vida




Poderia ser você,
Entre as gotas de chuva cadente,
E as festas solares renitentes.
A olhar meu semblante rendido!
Em justas palmas oceânicas,
Na ternura... Inflando-se!
Num corpo... Tão planeta!
Tão estrela! Extra-humano!
Ido mais, na quietude!E alma felicita...
Sentir o toque, doce carinho,
Da donzela, a beira face!

Poderia,
Entre uma tempestade de espinhos,
Nenhuma gota da seiva vital ser desperdiçada!
Cativa... Menina... Extasiada!
Poderia,
No ribombar desta “vida”,
Sorver em teus lábios suculentos o néctar dos deuses,
E cantar em ti mil línguas!

Calaria,
Por já ter realizado,
Todas as batidas de um coração!

Sumiria,
Por não mais necessário,
Todas as formas e esboços,
Num só grão.

Trilharia,
Por caminhos invisíveis,
Os palácios da compaixão!
Neste eterno momento
Onde fazemos Um em beijos.

Não mais cobiçaria,
Por já ter roubado o teu agrado.
Que sorrindo, resplandece todo o estrelado.
Pintando o Universo, complexo e delicado.

Linda menina,
Encantadora de almas!Suas palavras silenciosas intensificam minhas visões!Seus gestos e apontamentos aumentam minhas buscas.
Faço tudo o que quiseres, aceito, contanto que “sejas”!

Seus olhos inspiram mundos de poesia.
Suas saliências transmitem um jogo divino.
Sua dança engana qualquer tempo.
Ludibriando até Maya, com seu profundo amor,
Em doces acalentos!

Ah minha querida,
Que surrupia e recria vida!
Suplantando por terra todos os charmes,
E tentativas de outras conquistas,
Tendo em si um só amor!

Nunca me esquecerei,
De sua presença em mim,
Entrelaçada entre o que eu sou
E o que acredito querer ser.
Sempre lembrarei do fogo do seu coração!
Essa chama que todo o poeta transmite com grande emoção!
Essa troca de fluidos vitalícios e cósmicos!
Esse seu jeito de parar o Universo, o céu, os movimentos, os astros!
Rendendo homenagem à Princesa,
Coração que abriga tudo e é todo espaço!

(Esses escritos são dedicados carinhosamente a esta menina que chamamos Vida!)

Samuel Souza de Paula
samuel.s.silva@bol.com.br

Nota: Maya (do sânscrito), ilusão.

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