domingo, 19 de junho de 2011

050: Inspirações Xamânicas para o nosso Cotidiano

O AR E O ALIMENTO



Respiro profundamente o ar da manhã. O céu traz uma benção azul brilhante que convida meus olhos a contemplar as nuvens da serenidade. Os raios solares aquecem minha presença na varanda da vida e a vida convida a agradecer. Vem um espírito da espontaneidade e beija a minha face e então nasce um sorriso. Como uma semente de milho surge à multiplicação das lembranças gratas e uma abundância de alegrias.

Se eu me olhasse no espelho neste momento é provável que estivesse com face de Sol, mas não me atrevo a sair do meu lugar sagrado. Não agora que tirei o trevo da sorte, onde não preciso ir para um lado ou outro, só estar aqui na varanda da vida é valioso, para tecer o gesto mais antigo da humanidade e talvez o mais esquecido: agradecer.

Depois de algum tempo neste espírito me sinto renovado e deito meu corpo. Havia trabalhado na madrugada e dois cobertores cobrem meus pés. Vôo facilmente no mundo das sementes de todos os sonhos e sonho. Vejo-me de frente com um ser luminoso que flutua no ar, que dança de maneira sagrada e coração amoroso. Eu sinto sua vibração, que parece dizer: “Ela está na natureza, ela está no coração. Desperta! Lembre-se da cornucópia.”

Quando despertei no corpo o céu estava mais azul com suas bênçãos e o Sol mais alto no céu. Degustei uma fruta, com ar de alimento para o corpo e respirei. O ar que respiro agora se mistura com o ar que me inspira a escrever. O alimento que a vida renova e que me faz viver.

Viver. Desejo que tenha uma boa vida! Que seu caminho seja de bons ares e que tenha uma alimentação rica tanto para o corpo como para o espírito.

Mitakuye Oyasin!
“Por todas as nossas relações!”

Série: 365 Inspirações Xamânicas para o nosso Cotidiano
Autor: Samuel Souza de Paula
Crédito da Imagem: Corn Mother – Fernando Padilla
Site: www.espiritualidadenatural.blogspot.com

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