quarta-feira, 20 de julho de 2011

081: Inspirações Xamânicas para o nosso Cotidiano

UM CÃO, UMA BORBOLETA E UM MACACO




Um cachorro farejava tudo o que encontrava por aqui e por ali tudo cheirava. Parava, via pelo cheiro no ar, como se este fosse um velho amigo ensinando o caminho. Rodou o círculo, a criança, a maracá e o tambor. Entrou no meio da dança sem pedir licença e com seu faro investigava a veracidade dos passos. Balançava o rabo como se procurasse nos olhos daqueles que estavam ali um brilho que alimentasse a alma e mostrasse os alimentos da carne.

Enquanto isso, toda encantada, ela se aprontava. Bonita, toda cheia de cor numa manhã ensolarada voava a borboleta. Surgiu pelas frestas de luz no meio da mata, como que vindo de um raio de sol, ou no mínimo havia passado por uma experiência mágica. Batia suas asas silenciosamente como se dissesse: Já me transformei, oh, humano! Sou agora a beleza das descobertas, muito tempo meditei e agora estou aberta. Mas se você me avistou é para que se torne uma pessoa esperta e compreenda muitas mudanças o espera.

O tambor tocou aquele que o reverenciava. O caxixi passou de mão em mão. Os cantos lembravam as muitas formas de amizade. As maracás vibravam com as danças energizadas. O encantador contava suas histórias. Até que surgiu um macaco, que pulava de galho e galho. Ele estava com fome, pegou uma banana e foi embora.

Mitakuye Oyasin!
“Por todas as nossas relações!”

Série: 365 Inspirações Xamânicas para o nosso Cotidiano
Autor: Samuel Souza de Paula
Crédito da Imagem: A Man of Peace – Ellen Dreibelbis
Site: www.espiritualidadenatural.blogspot.com

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