terça-feira, 22 de janeiro de 2008

REENCARNAÇÃO I e II

REENCARNAÇÃO

Forças energéticas fazem giros nos ciclos,
Minha mente parece voar...
Movimentos, pensamentos, sons, atividade, paz.
Com a segurança da própria alma, acordei!
E então o que farei?

E agora, e o compromisso premeditado?
E a realização que está no fato?
E as atitudes daquela vida?
Recriarei as glórias com outros passos?

Não tenho a genialidade do antes,
O presente torna-se novo,
A evolução trouxe outra face...

Recomeço brando, entusiasmado e firme.
Seguindo as visões do invisível,
As miragens do espírito,
As mensagens do espaço.

Caminho novo,
Os primeiros passos.

Volto aos antigos mistérios,
Movimento amor,
Movimento mágico.

Não perdi a ciência, por favor, entenda.
Resgatei a também parte visionária.
Deixando ser quem eu sou, agora,
Na síntese de meu passado.

Reafirmo que não sou o cérebro que matuta a sina,
Nem o corpo e seus esforços,
Nem mesmo estes e quaisquer outros atos.

Por nome, energias que co-criam.
Por parto, só mais outro retrato.
Por alma, consciência cósmica.
Por mistério, Neti Neti realizado.

Mais real ou imaginário,
Concreto ou abstrato.

Muita vida, amor e beleza, certeza!
Vem alegria! Vem cura! Vem bondade!
Realiza todos os princípios da grande fraternidade!

Estou aqui para ser!

Alma que toca o espaço,
Silêncio em riso largo,
Futuro pré-reencarnado.

As lições de outrora ficaram por aí,
Com esta reencarnação outro nome adquiri.
O bom vou fazer de novo, novo!
O não tão, mudanças, já me decidi!

A educação, senhores, é parte e outra vida.
O importante, usando o clichê moderno,
É ser total, é ser feliz.

Em nosso íntimo residem forças cósmicas,
Um gigantesco potencial de fazer
Desta vida, uma vida maravilhosa!

Quero registrar neste escritos meu profundo agradecimento:
Dr. eu não te esqueci, meu amigo, com você muito aprendi!
Lembra que te disse que reencarnaria por aqui?
É! Nas terras da síntese já dizia Ramatís.

Já está na hora, agora,
Vou deitar este corpo novo,
Vou voar com um novo corpo, ah...
E quem sabe eu os encontre por aí?


- Samuel Souza de Paula -
São Paulo, 30 de junho de 2005.

Neti Neti (do sânscrito): “Nem isto, nem aquilo!”; significa algo que sentimos, mas não conseguimos descrever com as palavras e nem entender só com o intelecto. É algo que não se entende com a mente, mas se compreende com o coração.







REEENCARNAÇÃO II

Existe tanto por fazer, uma infinidade de coisas por se cumprir, quantos e quantos projetos que prometi...
É! Os planejamentos tornam-se fatos na ação, as custas das meditações e na seqüência sutil do calado porvir.
Então, vamos tentando seguir além das realizações passageiras, dos mui revestimentos ilusórios de nossos ego-brincadeiras.
Lembrando o que a antiga mente já conduzia: As verdades e a transformação são todas residentes na própria realidade interna!

* * *

Não tenho como controlar essas lágrimas serenas que escorrem pela face e por minha alma.
Convivo com um corpo, co-autor desta vida, que deveras custa à obediência a luz da maravilhosa consciência.
Mesmo sendo irmãos gêmeos em energias, às vezes até dançam, tem dias que parecem ouvirem canções diferentes.
Consigo ver os momentos em que acontecem isto, certo que com os olhos-espírito, e com equilibrado sorriso!
Mais tardar, vem à atenção:
Que é hora de reconciliar, se superar, regenerar e expandir as ondas de energias!

* * *

Pois, o que irei fazer quando chegar o tempo de passar toda a minha vida em revista?
Não quero nem pensar que poderia ser melhor se tivesse feito mais e imaginasse que o restante era preguiça.
Vendo naquele grandioso telão da consciência fatos que não tem pause, que é todo play e muitas vezes até um replay, continuum.
Sabe, não dizer àquela palavra que poderia ser dita, que talvez não mudaria o mundo todo, mas salvaria uma vida?
Sabe, decidir-se por não dar tanto ouvido ao que os outros acham e seguir mais confiante naquilo que o coração sente?

* * *

Não posso fazer isso comigo, não pelos outros, nem por status, nem por nada disto ou daquilo, mas por mim mesmo.
Não posso calar minha alma, nem os mistérios que sigo, mesmo que ainda não saiba o que dizer e nem como o fazer.
Alguns ouvirão o “mim” das palavras e as mudarão, num certo ato sincero, por acreditarem em si próprios.
Outros criticarão tudo o que for dito, mas estou fazendo no momento o melhor que posso, e o sentimento é o que realmente sigo.

* * *

Tudo começa, obviamente, do início, do princípio.
Mas parece que o reconhecimento de algo,
Alguma coisa realmente bela, realmente mágica,
Só acontece quando estamos no meio desta.
Nem longe, nem perto, mas exatamente, nesta, na própria experiência.

* * *

Quando nós entendemos, estamos fazendo jus a uma capacidade de lembrar o passado.
Mas quando compreendemos, estamos atuando de forma global, inspirativa e intuitivamente na natureza da própria ação.
Em outras palavras, estamos sendo e fazendo, por meio, no meio, honesta e presentemente a vida.

* * *

Minha vida, assim como a de todos, não deve passar despercebida aos olhos do Todo.
Movimento já, exatamente deste ponto onde estou, e prossigo para um outro melhor lugar.
É a natureza evolutiva e inevitável! Que a cada segundo se supera! Que a cada milésimo se modifica!
Pelo simples prazer de ser diferente, incógnita, indecifrável, vivaz, intensamente bela!

* * *

Posso fechar os olhos e sentir uma certa luz brilhar sobre mim!
Posso caminhar pelo mundo e amá-lo, por amar a mim!
Posso fazer uma prece e ouvir por você – e você nunca saber, mas talvez poderá sentir!
Posso em silêncio juntar as palmas de meu coração e emanar pensamentos bons.
Posso no esconderijo de minhas lembranças encontrar todas as suas qualidades.
Posso tentar chegar às portas de seus ouvidos com minha voz amorosa.
Posso, como toda a alma, ser igualmente diferente!

* * *

Sim, porque eu não sou, mas ao mesmo tempo estou, neste mundo. E quer saber?
Eu como também você, podemos ser este mundo, e mais, não só apenas este.
Podemos ser muitos outros nas muitas moradas infinitas do Todo.
Tenho absoluta certeza disto!

* * *

Releio então a poesia e noto minha alma realizando categoricamente a própria esperança das palavras.
Alguma coisa num terno misto de misterioso e natural.
Algo que muito meditei, que só agora escrevi, e talvez falhamente.
Algo que realmente acredito, por que vivi, por sentir esta tal mudança dentro mim.

* * *

Compreendo que o tempo não passa de um joginho universal, apenas necessário para criar um certo clima para nossas vidas.
E aos poucos, paulatinamente, vou deixando as lembranças de minha atuação anterior e estando mais e mais presente nesta.
Quando por ocorrência magnânima compreenderei a totalidade das vidas numa incrível e indescritível festa cosmo-universal!


Paz, Luz, Amor e Ação!


- Samuel Souza de Paula -
São Paulo, 14 de julho de 2005.

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