PERDÃO: UMA CONSCIÊNCIA AMOROSA
- Samuel Souza de Paula -
“Se você trata uma pessoa como ela parece ser, você a torna pior do que é. Mas se você trata uma pessoa como o que ela pode ser, você a transforma naquilo que ela deveria ser.” - Goethe
Lembrando destas sábias e criativas palavras, pensava com carinho numa porção de pessoas que tinham entrado em contato comigo no decorrer da semana. Muitos haviam esvaziado suas lamentações e dores, na inquietação, consciente ou inconsciente, em responsabilizar e culpar outras pessoas pelas injúrias em suas vidas. Refletindo sobre estes fatos e olhando por outros ângulos, comecei a pensar nelas como sendo além do que aparentavam ser.
Vi-as além das dores que me mostravam, dos rancores que teimavam expor, e uma palavra surgiu como um mantra cheio de energia: “Perdão!”. Trazendo um sentido tão forte e inevitavelmente grandioso em meu peito, só pude traduzir como sendo pura compaixão... Como se uma nova luz surgisse além de tudo o que eu havia dito a eles e, reconhecendo isso, voltei minha atenção para mim e às minhas atitudes relacionadas ao perdão. Repassando os fatos, pude notar que, às vezes, perdoar foi fácil; outras vezes, o perdão foi uma escolha muito ousada. Mas, seja lá o tipo de escolha que eu tenha feito, esta ação sempre me levou a um coração em paz, sempre me deixou mais feliz e livre para me mover adiante.
Agora, quando digito estes escritos e olho diretamente nos olhos da menina Esther, de apenas quatro anos de idade, perguntando-me inocentemente: “Você é feliz?”, profundamente tocado, soltei um suspiro reconhecendo uma verdade interna: “Sim!”. Um sorriso parecia guiar nosso diálogo infantil. “Ah, eu sabia... Você dorme feliz igual a mim!” – disse ela toda contente, e me deu um desenho seu: era a nuvem que dorme feliz. Lembro-me agora da frase “tudo passa”, olhando o desenho da nuvem que passa dormindo feliz, que se dissolve no céu.
Uma ternura contínua se apossou da minha consciência; pude ver além das ilusões de meus olhos, apenas crianças: uma brincando de escrever e a outra de desenhar. E é tão bom brincar, é tão simples... Mas temos uma mente que ambiciona pensamentos e, então, num agrado, tento juntar a criança do agora com o ancião do amanhã – com carinho e perdão. Notando que, quando você sente que uma pessoa vê o próprio âmago do seu valor como ser humano, você não pode deixar de se sentir valioso. E o perdão é um sentido amplo do mais alto valor. Vamos refletir nestas linhas e levá-las para nossas vidas, escrevendo alegrias, amores e compaixão.
Você nem sempre tem o poder de mudar as circunstâncias, mas pode, no entanto, mudar sua maneira de reagir a elas. O teólogo e filósofo Paul Tilich escreveu: “O perdão é uma resposta, a resposta divina implícita na nossa existência” – é um deixar fluir inocente. “O perdão é o modo de tomar o que está quebrado e torná-lo inteiro. Ele toma os nossos corações partidos e os conserta, toma nossos corações aprisionados e os liberta; toma nossos corações maculados pela culpa e pela vergonha e os devolve à pureza original. O perdão devolve aos nossos corações a inocência que possuíamos – uma inocência que nos liberta para amar” – afirmou Robin Casarjian, em seu Livro do Perdão.
Perdoar não quer dizer reconhecer simplesmente que a outra pessoa está certa ou que está errada. Ensina, ao invés disso, que existe uma outra maneira de olhar para o mundo. É muito útil se perguntar: “Quero ter razão ou quero ser feliz?” E já te adianto que, às vezes, você não consegue as duas coisas ao mesmo tempo. Mas uma coisa é certa: nós somos responsáveis pelos nossos sentimentos.
Podemos, sim, ser chamados de co-criadores. Co-criadores de nossas próprias vidas. Está aí uma dádiva muitas vezes entregue em outras mãos: viver!
Existem muitas maneiras de se definir o perdão, que é muitas coisas. É uma decisão, uma atitude, um processo e um modo de vida. É algo que nós oferecemos aos outros e, às vezes, algo que aceitamos. Perdoar é uma escolha de “ver a luz ao invés do abajur”, como escreveu o Dr. Gerald Jampolsky. O interessante é ver a luz que ilumina o íntimo de cada um.
Muitas vezes, as fronteiras entre o perdão e a fuga são subjetivas e você encontrará a verdade da questão sendo completamente honesto consigo mesmo. Veja qual é a verdade para os seus sentimentos mais profundos e escute o seu coração.
Há uma história que fala de um coelho e um leão. O leão proclamava-se o rei dos animais, mas o coelho tinha lá suas dúvidas e indagou o porquê disso. “Eu sou o rei dos animais” – disse o leão – “porque tenho poderes especiais”. O coelho pensou por um instante e concluiu: “Eu também tenho poderes especiais: sou pequeno, mas tenho o poder de entrar em tudo o que quero. Olhe minhas orelhas: veja como elas são pontudas” – e abanou a ponta das orelhas.
O leão olhou desconfiado. “Veja, vou te mostrar” – continuou o coelho e, de repente, saltou por cima do leão gritando: “Alto demais!”
O leão, espantado, voltou-se para ver onde o coelho tinha ido, mas, antes que pudesse compreender o que tinha acontecido, o coelho correu de volta por baixo dele e exclamou: “Baixo demais!”
Devagarinho, o coelho virou-se para olhar o leão de frente e abanou a ponta das orelhas. Então o leão começou a dizer: “Ah, agora eu consigo ver...” Mas, antes que pudesse dar um passo... o leão fugiu correndo.
Freqüentemente, escolhemos fugir de um problema em vez de encará-lo honestamente. Todavia, ao fazer esta escolha, privamo-nos da oportunidade de crescer e de aprofundar nosso auto-conhecimento. Uma das lições preciosas e simples, tão bem compartilhada no xamanismo, é seguir o caminho do coração, reconhecendo ser este o melhor caminho. Numa certa cultura africana, uma saudação é comumente feita com a palavra “Sawabona”. Este cumprimento significa literalmente: “Eu o vejo”.
Lembro-me também da saudação indiana “Namastê”, que significa “O Deus que está em mim saúda o Deus que está em você!” Ambas as práticas são chamadas pelo Dr. Gerald Jampolsky de sintonização “Pessoa-a-Pessoa”, que é quando você procura nos outros sinais de paz, gentileza e amor. Em outras palavras, ele explica que “nós procuramos a sua inocência e não a sua culpa. Nós os vemos com o nosso coração e não com noções preconcebidas”. E, como disse Goethe: “O que seria o mundo sem coração? Exatamente o mesmo que uma lanterna sem luz: Nada!”
O escritor e professor Hugh Prather diz que “O perdão não é algum ato fútil de florida auto-realização, mas sim o calmo reconhecimento de que, sob os nossos egos, somos todos exatamente iguais”.
Por favor, acompanhe o poema de Eva Pierrakos, descrito em seu livro “O Caminho da Autotransformação” falando do grande valor deste processo:
“Pelo caminho do sentimento da sua fraqueza está a sua força.
Pelo caminho do sentimento da sua dor está o seu prazer e alegria.
Pelo caminho do sentimento do seu medo está a sua segurança.
Pelo caminho do sentimento da sua solidão está a sua capacidade de realização, amor e companhia.
Pelo caminho do sentimento do seu desespero está a verdadeira e justificada esperança”.
Esta meditação remonta ao sentimento de amorosidade em sua vida, como Naomi Raiseller descreveu tão bem: “O amor não é mais e nem menos do que a expressão simples, honesta e natural da nossa totalidade, da nossa completa auto-aceitação. Mas, até podermos aceitar totalmente, sem julgamentos, tudo o que somos – nossos aparentes defeitos, assim como a nossa glória inata – o amor espera pacientemente por trás das frágeis ilusões do romance, ou então é confundido com um meio de troca e negociação, ou parece um vício e é vivido como uma necessidade constante.”
O perdão nos oferece a oportunidade de crescer e ir além dos arquétipos românticos limitados que fazem com que nos sintamos traídos e solitários. O perdão nos oferece maneiras de ser e de se relacionar que removem os obstáculos à presença do amor, carinho, amizade e devoção. Perdoar desperta uma disposição de trabalhar com tudo o que surge no relacionamento, porque nos capacita a nos relacionarmos com uma pessoa real e não com um ideal romântico.
Talvez você esteja cansado de perdoar: você não quer fazer isso de novo! Seja gentil consigo mesmo... Você tem o direito de estar cansado. Seja generoso consigo mesmo... Consiga apoio. Deixe que isso seja o certo, se for o que você sente neste momento. No entanto, saiba que continuar com raiva é muito mais exaustivo. Mesmo que o perdão tenha sido a coisa mais distante do seu pensamento, esteja disposto a abrir uma fresta para o perdão. E saiba que, a cada momento, você tem a oportunidade de escolher novamente o perdoar.
Olho novamente nos olhos da Esther me mostrando mais novidades artísticas e penso nas palavras de Pablo Casals sobre um questionamento abrangendo as crianças como elas são: “Quando irão ensinar às nossas crianças na escola o que elas realmente são? Nós devíamos dizer a cada uma delas: Você sabe quem você é? Você é uma maravilha! Você é única! No mundo inteiro não há ninguém como você. Em todos estes milhões de anos nunca houve uma criança como você. Olhe para o seu corpo: que maravilha! Suas pernas, seus braços, seus dedos hábeis, sua maneira de se mover! Você pode se tornar um Shakespeare, um Michelangelo, um Beethoven. Você pode se tornar qualquer coisa. Sim, você é uma maravilha!!!” – comprovando as palavras do poeta Rabidranath Tagore, que afirmou: “Cada criança recém-nascida traz a mensagem de que Deus não perdeu sua confiança no homem.”
Concluímos que todos nós somos uma forma de Deus se manifestar...
Como disse Sanat Khum Maat: “Permita que as fibras do perdão possam se espalhar numa linda abertura do coração. E seja leal a seus valores espirituais! Sejam iniciados do Amor!” Realizando uma verdadeira alquimia amorosa, desenvolvendo um amor profundo.
Sim! Existem momentos em que perdôo a todos nós. E é preciosamente nestes momentos que eu sei que o que acontece no lado de fora é secundário, e o que acontece do lado de dentro, como pude reconhecer, “é o verdadeiro show”. Nestes momentos eu confio. Acredito que as coisas acontecem como devem acontecer, como precisam acontecer, para o meu desenvolvimento espiritual. Dentro desta compreensão, ninguém é culpado e ninguém precisa ser perdoado.
Paz, Luz e Amor!
Vi-as além das dores que me mostravam, dos rancores que teimavam expor, e uma palavra surgiu como um mantra cheio de energia: “Perdão!”. Trazendo um sentido tão forte e inevitavelmente grandioso em meu peito, só pude traduzir como sendo pura compaixão... Como se uma nova luz surgisse além de tudo o que eu havia dito a eles e, reconhecendo isso, voltei minha atenção para mim e às minhas atitudes relacionadas ao perdão. Repassando os fatos, pude notar que, às vezes, perdoar foi fácil; outras vezes, o perdão foi uma escolha muito ousada. Mas, seja lá o tipo de escolha que eu tenha feito, esta ação sempre me levou a um coração em paz, sempre me deixou mais feliz e livre para me mover adiante.
Agora, quando digito estes escritos e olho diretamente nos olhos da menina Esther, de apenas quatro anos de idade, perguntando-me inocentemente: “Você é feliz?”, profundamente tocado, soltei um suspiro reconhecendo uma verdade interna: “Sim!”. Um sorriso parecia guiar nosso diálogo infantil. “Ah, eu sabia... Você dorme feliz igual a mim!” – disse ela toda contente, e me deu um desenho seu: era a nuvem que dorme feliz. Lembro-me agora da frase “tudo passa”, olhando o desenho da nuvem que passa dormindo feliz, que se dissolve no céu.
Uma ternura contínua se apossou da minha consciência; pude ver além das ilusões de meus olhos, apenas crianças: uma brincando de escrever e a outra de desenhar. E é tão bom brincar, é tão simples... Mas temos uma mente que ambiciona pensamentos e, então, num agrado, tento juntar a criança do agora com o ancião do amanhã – com carinho e perdão. Notando que, quando você sente que uma pessoa vê o próprio âmago do seu valor como ser humano, você não pode deixar de se sentir valioso. E o perdão é um sentido amplo do mais alto valor. Vamos refletir nestas linhas e levá-las para nossas vidas, escrevendo alegrias, amores e compaixão.
Você nem sempre tem o poder de mudar as circunstâncias, mas pode, no entanto, mudar sua maneira de reagir a elas. O teólogo e filósofo Paul Tilich escreveu: “O perdão é uma resposta, a resposta divina implícita na nossa existência” – é um deixar fluir inocente. “O perdão é o modo de tomar o que está quebrado e torná-lo inteiro. Ele toma os nossos corações partidos e os conserta, toma nossos corações aprisionados e os liberta; toma nossos corações maculados pela culpa e pela vergonha e os devolve à pureza original. O perdão devolve aos nossos corações a inocência que possuíamos – uma inocência que nos liberta para amar” – afirmou Robin Casarjian, em seu Livro do Perdão.
Perdoar não quer dizer reconhecer simplesmente que a outra pessoa está certa ou que está errada. Ensina, ao invés disso, que existe uma outra maneira de olhar para o mundo. É muito útil se perguntar: “Quero ter razão ou quero ser feliz?” E já te adianto que, às vezes, você não consegue as duas coisas ao mesmo tempo. Mas uma coisa é certa: nós somos responsáveis pelos nossos sentimentos.
Podemos, sim, ser chamados de co-criadores. Co-criadores de nossas próprias vidas. Está aí uma dádiva muitas vezes entregue em outras mãos: viver!
Existem muitas maneiras de se definir o perdão, que é muitas coisas. É uma decisão, uma atitude, um processo e um modo de vida. É algo que nós oferecemos aos outros e, às vezes, algo que aceitamos. Perdoar é uma escolha de “ver a luz ao invés do abajur”, como escreveu o Dr. Gerald Jampolsky. O interessante é ver a luz que ilumina o íntimo de cada um.
Muitas vezes, as fronteiras entre o perdão e a fuga são subjetivas e você encontrará a verdade da questão sendo completamente honesto consigo mesmo. Veja qual é a verdade para os seus sentimentos mais profundos e escute o seu coração.
Há uma história que fala de um coelho e um leão. O leão proclamava-se o rei dos animais, mas o coelho tinha lá suas dúvidas e indagou o porquê disso. “Eu sou o rei dos animais” – disse o leão – “porque tenho poderes especiais”. O coelho pensou por um instante e concluiu: “Eu também tenho poderes especiais: sou pequeno, mas tenho o poder de entrar em tudo o que quero. Olhe minhas orelhas: veja como elas são pontudas” – e abanou a ponta das orelhas.
O leão olhou desconfiado. “Veja, vou te mostrar” – continuou o coelho e, de repente, saltou por cima do leão gritando: “Alto demais!”
O leão, espantado, voltou-se para ver onde o coelho tinha ido, mas, antes que pudesse compreender o que tinha acontecido, o coelho correu de volta por baixo dele e exclamou: “Baixo demais!”
Devagarinho, o coelho virou-se para olhar o leão de frente e abanou a ponta das orelhas. Então o leão começou a dizer: “Ah, agora eu consigo ver...” Mas, antes que pudesse dar um passo... o leão fugiu correndo.
Freqüentemente, escolhemos fugir de um problema em vez de encará-lo honestamente. Todavia, ao fazer esta escolha, privamo-nos da oportunidade de crescer e de aprofundar nosso auto-conhecimento. Uma das lições preciosas e simples, tão bem compartilhada no xamanismo, é seguir o caminho do coração, reconhecendo ser este o melhor caminho. Numa certa cultura africana, uma saudação é comumente feita com a palavra “Sawabona”. Este cumprimento significa literalmente: “Eu o vejo”.
Lembro-me também da saudação indiana “Namastê”, que significa “O Deus que está em mim saúda o Deus que está em você!” Ambas as práticas são chamadas pelo Dr. Gerald Jampolsky de sintonização “Pessoa-a-Pessoa”, que é quando você procura nos outros sinais de paz, gentileza e amor. Em outras palavras, ele explica que “nós procuramos a sua inocência e não a sua culpa. Nós os vemos com o nosso coração e não com noções preconcebidas”. E, como disse Goethe: “O que seria o mundo sem coração? Exatamente o mesmo que uma lanterna sem luz: Nada!”
O escritor e professor Hugh Prather diz que “O perdão não é algum ato fútil de florida auto-realização, mas sim o calmo reconhecimento de que, sob os nossos egos, somos todos exatamente iguais”.
Por favor, acompanhe o poema de Eva Pierrakos, descrito em seu livro “O Caminho da Autotransformação” falando do grande valor deste processo:
“Pelo caminho do sentimento da sua fraqueza está a sua força.
Pelo caminho do sentimento da sua dor está o seu prazer e alegria.
Pelo caminho do sentimento do seu medo está a sua segurança.
Pelo caminho do sentimento da sua solidão está a sua capacidade de realização, amor e companhia.
Pelo caminho do sentimento do seu desespero está a verdadeira e justificada esperança”.
Esta meditação remonta ao sentimento de amorosidade em sua vida, como Naomi Raiseller descreveu tão bem: “O amor não é mais e nem menos do que a expressão simples, honesta e natural da nossa totalidade, da nossa completa auto-aceitação. Mas, até podermos aceitar totalmente, sem julgamentos, tudo o que somos – nossos aparentes defeitos, assim como a nossa glória inata – o amor espera pacientemente por trás das frágeis ilusões do romance, ou então é confundido com um meio de troca e negociação, ou parece um vício e é vivido como uma necessidade constante.”
O perdão nos oferece a oportunidade de crescer e ir além dos arquétipos românticos limitados que fazem com que nos sintamos traídos e solitários. O perdão nos oferece maneiras de ser e de se relacionar que removem os obstáculos à presença do amor, carinho, amizade e devoção. Perdoar desperta uma disposição de trabalhar com tudo o que surge no relacionamento, porque nos capacita a nos relacionarmos com uma pessoa real e não com um ideal romântico.
Talvez você esteja cansado de perdoar: você não quer fazer isso de novo! Seja gentil consigo mesmo... Você tem o direito de estar cansado. Seja generoso consigo mesmo... Consiga apoio. Deixe que isso seja o certo, se for o que você sente neste momento. No entanto, saiba que continuar com raiva é muito mais exaustivo. Mesmo que o perdão tenha sido a coisa mais distante do seu pensamento, esteja disposto a abrir uma fresta para o perdão. E saiba que, a cada momento, você tem a oportunidade de escolher novamente o perdoar.
Olho novamente nos olhos da Esther me mostrando mais novidades artísticas e penso nas palavras de Pablo Casals sobre um questionamento abrangendo as crianças como elas são: “Quando irão ensinar às nossas crianças na escola o que elas realmente são? Nós devíamos dizer a cada uma delas: Você sabe quem você é? Você é uma maravilha! Você é única! No mundo inteiro não há ninguém como você. Em todos estes milhões de anos nunca houve uma criança como você. Olhe para o seu corpo: que maravilha! Suas pernas, seus braços, seus dedos hábeis, sua maneira de se mover! Você pode se tornar um Shakespeare, um Michelangelo, um Beethoven. Você pode se tornar qualquer coisa. Sim, você é uma maravilha!!!” – comprovando as palavras do poeta Rabidranath Tagore, que afirmou: “Cada criança recém-nascida traz a mensagem de que Deus não perdeu sua confiança no homem.”
Concluímos que todos nós somos uma forma de Deus se manifestar...
Como disse Sanat Khum Maat: “Permita que as fibras do perdão possam se espalhar numa linda abertura do coração. E seja leal a seus valores espirituais! Sejam iniciados do Amor!” Realizando uma verdadeira alquimia amorosa, desenvolvendo um amor profundo.
Sim! Existem momentos em que perdôo a todos nós. E é preciosamente nestes momentos que eu sei que o que acontece no lado de fora é secundário, e o que acontece do lado de dentro, como pude reconhecer, “é o verdadeiro show”. Nestes momentos eu confio. Acredito que as coisas acontecem como devem acontecer, como precisam acontecer, para o meu desenvolvimento espiritual. Dentro desta compreensão, ninguém é culpado e ninguém precisa ser perdoado.
Paz, Luz e Amor!
PARE E PENSE
- Robin Casarjian -
Se você está guardando rancor e raiva em relação ao seu parceiro, pare e pense para saber se não está tendo nenhum ganho secundário.
Repare nas suas respostas às seguintes questões com uma consciência gentil, sem julgamentos:
Guardar rancores é uma maneira de provar que você está certo?
Continuar zangado é uma maneira de reforçar o fato de que o seu parceiro não merece ser amado?
Guardar rancor é uma maneira de controlar a situação?
Ou é uma maneira de manter uma ilusão de controle?
Guardar rancor é uma maneira de evitar a intimidade?
Ou é uma maneira de evitar sentimentos mais profundos de tristeza, desespero, dor, abandono e rejeição?
É uma maneira de ser ouvido?
É uma maneira de segurar ou de liberar?
É uma maneira de punir e de reagir?
É uma maneira de manter a posição de que o problema é do seu parceiro?
É uma maneira de manter a vida como ela é e evitar um grau de clareza que pode arriscar causar a mudança de que você tem medo?
Referências:
Amar é Libertar-se do Medo – Gerald Jampolsky – Ed. Fundação Peirópolis;
O Livro do Perdão – Robin Casarjian – Rocco;
Goodbye to Guilt – Gerald Jampolsky – Bantam Books.Você encontrará onze lições traduzidas deste livro no endereço eletrônico: www.cca.org.br/vivcuraatitudes_aculpa.html;
Perdão – A cura para todos os males – Gerald Jampolsky – Cultrix;
O Caminho da Autotransformação – Eva Pierrakos – Cultrix.
Samuel Souza de Paula, espiritualista, consultor e palestrante. Coordenador da Roda de Cura Xamânica “Espírito de Gaia”. É estudioso do comportamento humano e desenvolve trabalhos de integração entre corpo, mente e espírito. Facilitador do curso Valores da Cultura Indígena na UMAPAZ - Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz. Pesquisador de técnicas ancestrais e modernas direcionadas ao crescimento pessoal. Possui formação Master em PNL – Programação Neurolingüística. É participante de Danças Xamânicas pela Paz, Danças Circulares Sagradas e de Grupos de Estudos e Assistência Espiritual.
(Texto extraído da apostila do curso “Resgate de Alma” – Práticas Bioxamânicas.)
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