CÂMARA DE TANGRA
Na primeira olhadela enxergou uma janela
Era Oca, era palha, fogo e bela
Na segunda tentativa, imitou o sábia
Confabulando os ritmos nos pulos pelo ar
Morava bem no ninho do vigésimo terceiro andar
Percebia os telhados, passadas na rua, os pensamentos e pesar
Buscava a sonoridade no equilíbrio dos ventos
Coragem em fla, fle, fli, flo, flu só queria flutuar.
Às vezes falava nada com nada, mas quem se importava
Sua presença era presença sem máscaras, nem reis ou mendigos
Quando seu semblante generoso transmitia seu real brilho
Não havia desconhecidos para os que se reconhece céu, terra, sol e mar.
Solidariedade era uma das suas formas magníficas de amar
Entre as alegrias de um bom dia, sem descaso o descanso, vinha
Convidava mundos para as paragens em seus cômodos
O espírito da sabedoria, cantava, dançava e adorava passear
Câmara de Tangra, presença no fluxo mil
Sol da manhã, mão que aquece os olhos solar
Câmara de Tangra, por terra às fronteiras
Inspira o néctar das letras nos encantos de um novo olhar
Mitakuye Oyasin!
“Por todas as nossas relações!”
Série: 365 Inspirações Xamânicas para o nosso Cotidiano
Autor: Samuel Souza de Paula
Crédito da Imagem: Art by Marie Foucher
Site: www.espiritualidadenatural.blogspot.com
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