POESIA NAS MÃOS
O poder das mãos invisíveis coagula com forças físicas.
Poderia o mistério ser desvelado e manter-se milagroso?
Naturezas ancestrais clamam orações ao Espírito do Único.
Estarão os corações livre das couraças de um olhar poluído e turvo?
Onde esconderam as preciosas pedras dos sonhos?
Um mensageiro desperta com os raios de sol, e não está só.
Quais as chaves potentes que destravam as próprias correntes?
Três dedos apontam para o centro, atenção ao caminho do meio.
Navega pelas águas, vê o brilho dos cristais, caminha terra.
Quais histórias contam a poeira dos ossos passados?
Uma tocha se mantém acessa na caverna das sensações.
Como pode cantar luz em meio à escuridão, é astro?
Já se pode escutar o que não foi dito, nem perdido?
De fora a fora, estrondos dentro em raios e trovão.
Uma flor poderia viver sem raízes na água da alma?
Um perfume inebria as chamadas diluídas em ascensão.
Cante, cante, cante, pois a vida é feita de encantações.
Vibre, vibre, vibre, pois os sentidos só possuem esta percepção.
Dance, dance, dance, pois todo o movimento é transformação.
Ore, ore, ore, pois este é o alimento espirituoso do coração.
Mitakuye Oyasin!
“Por todas as nossas relações!”
Série: 365 Inspirações Xamânicas para o nosso Cotidiano
Autor: Samuel Souza de Paula
Crédito da Imagem: Flute Song – Archie Blackowl
Site: www.espiritualidadenatural.blogspot.com
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